
"Presságio"
Acrílica sobre tela
80x50cm
(2022)
É um desdobramento de um dos desenhos realizados na publicação “Castelo de Areia", um quadrinho lançado em 2020 feito a partir das memórias borradas de um sonho. Uma figura espectral em forma de bananeira e o ato de despedaçar uma flor aqui se apresentam como um mutante pictórico do seu antecessor feito em carvão como rascunho. Passando da linguagem do desenho para a linguagem da pintura a obra se torna maior que a simples tradução de um meio para outro (do sonho ao carvão e do carvão ao meio pictórico) incorporando assim o erro, ruído, acidente e abstração em seu código genético.
Presságio se desdobra sobre códigos divinatórios através de um possível acaso, seja na criptografia onírica de uma imagem passageira de um sonho ou no ritual de procurar o significado do afeto de alguma pessoa na quantidade de pétalas de uma flor (ritual conhecido como "bem me quer mal me quer).
Soft pastel, oil pastel and acrylic on canvas
30x30cm
(2021)
Two elements overlap here: the painting and the playing card.
Both parts referring to some kind of game and such game to some kind of informal ritual (a series of procedures to be followed).
In the pictorial part, the two characters can be seen looking at each other in direct eye contact, but their faces - undefined and shrouded in shadows - remain unknown as to their possible expressions.
The card itself does not show anything, it just hides by placing itself upside down and with its front and message away from the eyes of outside observers.
“Soco soco virira” seeks to weave - through what is shown and what is not - a relationship between game and social ritual. Building in half light the scene of possible - but not certain because we cannot say for sure- intimacy between both characters. The work reminds us how some experiences are accessible not through distant observation but through personal experience; to participate, it is necessary to be more than a observer;