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"Presságio" (2022)

    Acrílica sobre tela

    50x80cm

    (2022)

    Em “Aperto” pinto, a partir de uma foto também de minha autoria, duas figuras se abraçando em uma composição próxima, apertada, íntima - e por cima adiciono uma carta oculta. 
   A obra se desdobra em três principais dimensões narrativas: memória (seu passado em registro fotográfico), presente palpável (matéria pictórica e seu processo) e mistério (a carta virada para baixo).
   Ao passar do registro fotografico à matéria pictórica não me interesso em manter a verossimilhança total em relação a foto e sim me levo para o lado da exploração de possibilidades pictóricas como atividade de diálogo com o suporte-corpo e material. A aceitação que as memórias tem sua percepção mudada pela sensação presente, esquecimento e novas informações fazem parte do processo natural de construção de percepção da realidade a partir de um jogo entre ficção e fato.
    Nessa terceira dimensão podemos interpretar a carta tanto como um ato de intimidade (o observador não a vê, mas quem está “dentro” da pintura sim), segredo (por ser inacessível ao olhar) ou futuro; a carta que pode revelar algo que ocorrerá no futuro, o jogo que serve tanto de entretenimento como ato divinatório.

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